Argumentos da crise não se sobrepõem à honra de festejar os Açores, defende Hélder Silva

PS Açores - 18 de junho, 2009
O líder parlamentar do PS/Açores destacou, hoje, o acto de justiça de se comemorar o Dia da Região junto da comunidade fixada no Canadá e alegou que não há supostos argumentos de crise que se sobreponham à história e à honra de partilhar momentos únicos com os emigrantes açorianos. “O Grupo Parlamentar do Partido Socialista não podia ter estado mais de acordo com o acto de justiça e de reconhecimento de aproximação aos nossos Açores do Canadá, uma das muitas terras de abrigo para dezenas de milhar de açorianos que partiram quando a nossa Região ainda era madrasta para muitos”, salientou Hélder Silva. O presidente da bancada socialista manifestou esta posição numa declaração política sobre as comemorações oficiais do Dia da Região, que decorreram recentemente em Toronto, efectuada no plenário que está a decorrer na cidade da Horta. Para Hélder Silva, é necessário reforçar o conceito, cá e na Diáspora, de que os Açores são muito mais do que nove ilhas e cerca de 240 mil habitantes, uma vez que os Açores cumprem-se, todos os dias, em Toronto, no Quebeque, em Fall River, em Santa Catarina, na Califórnia, em Lisboa e em muitas outras paragens próximas ou longínquas. “Não perceber este conceito de açorianidade é ter uma visão redutora de um arquipélago que vai muito para além das suas ilhas e desvalorizar as suas gentes, que assumem o estatuto, sem favor, de ser uma das mais prestigiadas comunidades emigrantes nos locais onde se fixam”, afirmou. O líder parlamentar afirmou, ainda, ser impossível “não sentir orgulho e admiração por um açoriano que triunfou nos Estados Unidos e que, hoje, emprega mais de 15 mil pessoas, ou por um outro que teima em ensinar a língua materna aos seus netos, numa luta quase desigual contra as pressões globalizantes que alteram hábitos e moldam culturas”. Perante os deputados açorianos, o líder da bancada socialista realçou que não há, assim, “supostos argumentos de crise que se sobreponham à história, à honra de partilhar momentos únicos com os que partiram para outras paragens e de prestar homenagem a todos aqueles que deram dimensão universal a estas nove pequenas ilhas”. “Refugiar-se na crise não é politicamente honesto para com esta Assembleia, nem justo para quem viveu, com emoção e orgulho, dias de festa e de exaltação de uma Região Autónoma que é, cada vez menos, apenas dos de cá e, cada vez mais, de nós todos”, preconizou Hélder Silva.